Quando ela passa, eu fico a
meditar:
Como errar pôde tanto a
natureza,
Dispondo-lhe na bunda tal
magreza
E no resto um excesso de
aterrar!
O nariz, como um ferro de
podar,
O beiço bambo, a bigodeira
tesa,
A dentadura suja, e, sem
surpresa,
Orelhas como leques, a
abanar.
E dos queixos ao cu já
referido,
Escorre um corpo magro e
pelancudo.
Do qual dizer “horror”! é
dizer tudo.
Pra tempero final, é bem
fedido,
De morra de cigarro e
sovaquinho,
Esse monstro admirável e
mesquinho!
Paulo
Franchetti ESCARNHO, 2009
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