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quinta-feira, 19 de julho de 2012

XXII (Alvares de Azevedo)

XXIII


Frouxo o verso talvez, pálida a rima

Por este meus delírios cambeteia,

Porém odeio o pó que deixa a lima

E o tedioso emendar que gela a veia!

Quanto a mim é o fogo quem anima

De uma estância o calor: quando formei-a,

Se a estátua não saiu como pretendo,

Quebro-a – mas nunca seu metal emendo.


AZEVEDO, Álvares. O poema do frade.

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